quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DCE-UFC questiona processo de emissão das carteiras estudantis


O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) questiona o processo de emissão das carteiras de estudante 2011. Segundo Pedro Ribeiro, diretor da entidade, o DCE não concorda com o prazo para a entrega de formulários nem com o modelo da carteira de estudante que foi adotado.

O prazo estipulado pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) para entrega de formulários preenchidos pelos alunos é até esta sexta-feira, 26. Segundo Pedro, só ontem o DCE recebeu os papéis. Para ele, o prazo é muito curto para atender a todos os universitários. “Teríamos que atender mais de 1.500 estudantes por dia para garantir que todos façam o processo de emissão da carteira gratuita para 2011”, afirmou Pedro ao O POVO Online. Segundo ele, o DCE tem até o dia 10 de dezembro para entregar os formulários de todos os estudantes da UFC à Etufor.

O DCE informa ainda que a emissão dos documentos estudantis será financiada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindionibus). No novo modelo a ser implantado, segundo Pedro, todas as carteiras trarão a bandeira da empresa Libercard. “Isto não foi colocado para os estudantes e precisa ser debatido dentro do movimento estudantil”, opina o diretor do DCE.

Com a implantação do novo sistema, as carteiras emitidas entre os anos de 2007 e 2010 serão bloqueadas. Segundo Pedro, o argumento utilizado é que alguns documentos emitidos neste período continuam sendo usados por pessoas que não são mais estudantes. “Não temos esse percentual. Isso é uma falha do órgão fiscalizador”. Na próxima quinta-feira, 25, o DCE faz uma reunião na sede da entidade, em que pretende apresentar o posicionamento dos alunos da UFC com relação à emissão das carteirinhas. “Queremos que esse processo ocorra da forma mais tranquila para os estudantes”, afirma Pedro.

De acordo com o presidente da Etufor, Ademar Gondim, todas as questões que envolvem o processo de confecção e emissão das carteirinhas - inclusive o calendário e financiamento do Sindiônibus - foram discutidos em reuniões com as entidades que representam os estudantes. O DCE, segundo Ademar, faltou às reuniões, por estar envolvido nas eleições para a escolha de sua nova diretoria. “Não pudemos ficar esperando o tempo do DCE para dar prosseguimento a um processo que atinge 400 mil estudantes”, afirmou Ademar Gondim ao O POVO Online.

Com relação ao apoio financeiro do Sindiônibus, Gondim explica que foi a solução encontrada pela Prefeitura de Fortaleza para garantir a confecção dos documentos. Segundo ele, a Secretaria Municipal de Educação teve dificuldades em fazer o repasse da verba em virtude de uma ação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Por isso, a Etufor precisou do apoio financeiro do sistema de transporte urbano, que fará doações à Prefeitura.

“Ou fazíamos assim ou deixávamos os estudantes sem carteira”, disse Gondim. Ele não vê necessidade de os alunos se envolverem nas discussões sobre a verba destinada para a confecção dos documentos. “O financiamento não é assunto para os estudantes estarem preocupados. O compromisso de oferecer carteira gratuita aos estudantes é da Prefeitura”, enfatizou. Ademar Gondim acrescenta que a impressão da bandeira da empresa Libercard foi negociada apenas entre as entidades e a empresa. A Etufor não participou desse processo.

Ademar informa ainda que terá uma reunião com Clarisse Gomes, Pró-Reitora de Assuntos Estudantis da UFC, e com Custódio de Almeida, Pró-Reitor de Graduação da universidade para oferecer ajuda da Etufor no cumprimento dos prazos. “Nossa intenção é que os alunos não tenham mais a entrega prejudicada”, afirma. A meta da Etufor é que os alunos recebam as novas carteiras antes do prazo de validade das antigas, que é 30 de abril.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Sindionibus informou que não participa do processo de confecção das carteiras de estudante. O sindicato alegou que apenas faz a instalação da tecnologia utilizada nos coletivos para validar as carteiras como vale-transporte eletrônico, desconhecendo as etapas de fabricação das carteiras.

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